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CLT's em MS já adiantaram R$ 189 milhões em programa de crédito federal

Empréstimo com juros mais baixos garantidos pelo Fundo de Garantia por Tempo de Serviço já beneficiaram 32,5 mil trabalhadores com carteira assinada

Por LEO RIBEIRO em 09/05/2025 às 15:35:08

Empregado pode aderir ao Crédito do Trabalhador sem sair de casa, através do aplicativo  Carteira de Trabalho Digital (CTPS Digital) - Marcelo Victor/Correio do Estado

Através do programa do Governo Federal que dá acesso à empréstimos com juros mais baixos garantidos pelo Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), trabalhadores com carteira assinada em Mato Grosso do Sul já contrataram quase 190 milhões de reais através do "Crédito Trabalhador".

Conforme dados compilados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), até o dia 07 de maio, Mato Grosso do Sul havia contabilizado R$189.455.785,98 em contratos através do programa Crédito do Trabalhador.

Com os empréstimos médios na casa de R$ 5,69 mil e média das parcelas em R$ 336,71, o programa atingiu cerca de 32,5 mil empregados do setor privado que trabalham de carteira assinada em MS, sob o regime da popular Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Nacionalmente, o programa já passava de R$10,1 bilhões de empréstimos consignados com pouco mais de um mês de funcionamento, contratos esses aprovados para um universo de 1,8 milhão dos chamados trabalhadores celetistas no País.

Em nota, o titular do MTE, ministro Luiz Marinho, ressaltou que o trabalhador brasileiro precisa ter alternativas para sair da mira dos juros altos, sendo necessário cautela e pesquisa antes de contratar um empréstimo.

"O programa melhora a qualidade de vida das famílias trabalhadoras, que podem tomar um crédito com juros mais baixos, visto que os empréstimos têm garantias que chegam a 10% do FGTS", afirma Luiz Marinho.

Apesar dos volumes, em número de contratações Mato Grosso do Sul aparece apenas na 16.ª colocação, com São Paulo aparecendo no topo do ranking de trabalhadores aderindo ao programa, sendo quase 460 mil até o dia 7 de maio, que somam R$2.656.388.413,37.

Com a maior parte dos contratos firmados para liquidar dívidas mais caras, os seguintes Estados completam o top 5 no ranking de contratações pelo número de trabalhadores:

172.406 - Rio de Janeiro (R$ 835.813.203,31 em contratos)

153.318 - Minas Gerais (R$ 853.397.382,52 em contratos)

121.351 - Rio Grande do Sul (R$ 677.497.143,87 em contratos)

115.330 - Paraná (R$ 681.478.184,25 em contratos)

Medidas ministeriais

Além de trazer acesso ao crédito facilitado, com uma média nacional de cerca de R$5,4 mil por contrato e prestações médias de R$323,76 no prazo de 17 meses, esse programa federal também permite uma "troca" de dívidas antigas por outras com juros mais baixos.

Essa medida recente - de migrar dívidas consignadas antigas ou pelo Crédito Direto ao Consumidor (CDC), que passou a valer em 25 de abril - refletiu em um aumento de R$2 bilhões no valor total de empréstimos liberados, no intervalo de tempo de apenas 12 dias.

O ministério planeja também uma nova forma de migração, a portabilidade, que pretende disponibilizar já na próxima sexta-feira (16 de maio), pela qual será possível transferir a dívida entre instituições financeiras com juros mais baixos.

Conforme o titular da pasta, tal medida aparece também com o intuito de estimular a concorrência entre as próprias instituições financeiras.

"A portabilidade favorece o trabalhador, pois a instituição financeira poderá perder o empréstimo do CDC ou do consignado para outro banco se não oferecer taxas melhores", expõe o ministro do Trabalho e Emprego.

Há 35 instituições financeiras parceiras do Crédito do Trabalhador atualmente, com o Banco do Brasil respondendo por R$2,7 bilhões dos 10,1 totais dos empréstimos pelo programa.

Como aderir

Com o programa destinado à trabalhadores em regime CLT, o empregado pode aderir ao Crédito do Trabalhador sem sair de casa, através do aplicativo Carteira de Trabalho Digital (CTPS Digital), disponível tanto para Iphone como aparelhos Android.

Pelo aplicativo há a opção de requerer proposta de crédito, sendo necessário autorizar as instituições financeiras habilitadas pelo MTE a acessarem seus dados.

Com isso, o trabalhador disponibiliza informações básicas, como nome, Cadastro de Pessoa Físoca (CPF), valor do salário recebido e tempo de empresa, por exemplo.

Depois de aceitar o procedimento, as ofertas chegam aos trabalhadores no intervalo de até 24 horas, podendo escolher entre as mais vantajosas sem necessidade de contato telefônico ou a pressão de agentes de venda de crédito.


Fonte: Correio do Estado

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