Teste de hepatite (Arquivo/Agência Brasil)
Os casos de Hepatite A explodiram em Campo Grande este ano e, em três meses, já superam todo o acumulado de 2024. A transmissão é por vírus, as causas não são totalmente claras, mas há vacina disponível no SUS (Sistema Único de Saúde).
Os dados da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) mostram que em todo o ano de 2024 foram registrados 132 pacientes infectados pela doença, enquanto neste ano, até o dia 24 de março, já são 159 registros. O número atual supera em 20% todo o ano anterior.
O aumento dos casos é nacional. A dose da vacina contra Hepatite A é recomendada para crianças a partir de 12 meses de idade pelo Plano Nacional de Imunização. E os casos positivos de Hepatite A, assim como as pessoas que fazem uso de PreP (Profilaxia Pré-Exposição ao vírus HIV), foram acionados pela Secretaria Municipal de Saúde para realizarem a vacinação de bloqueio.
A Sesau reforça as orientações à população sobre a infecção que é transmitida, principalmente, por via fecal-oral, ou seja: ingestão de alimentos e água contaminados, higiene inadequada das mãos após o uso do banheiro, contato próximo com pessoas infectadas. Além do hábito adequado de higiene, a vacinação é uma das principais formas de prevenção.
O Ministério Público de Mato Grosso do Sul abriu inquérito para investigar o aumento dos casos de Hepatite A, em Campo Grande. O objetivo é acompanhar as medidas de prevenção dos casos de Hepatite A em Campo Grande.
O MP quer monitorar as providências adotadas pelo Município e pelo Estado em relação aos alertas epidemiológicos referentes aos índices da doença. Além de saber dados detalhados sobre a cobertura vacinal para Hepatite A em Campo Grande, especificando as áreas com menor adesão à vacinação e proposição de ações para ampliar essa cobertura.
Conforme o Ministério da Saúde, quando presentes, os sintomas são inespecíficos, podendo se manifestar inicialmente como: fadiga, mal-estar, febre, dores musculares. Esses sintomas iniciais podem ser seguidos de sintomas gastrointestinais como: enjoo, vômitos, dor abdominal, constipação ou diarreia.
A presença de urina escura ocorre antes do início da fase onde a pessoa pode ficar com a pele e os olhos amarelados (icterícia). Os sintomas costumam aparecer de 15 a 50 dias após a infecção e duram menos de dois meses.
Não há nenhum tratamento específico para hepatite A. O mais importante é evitar a automedicação para alívio dos sintomas, vez que, o uso de medicamentos desnecessários ou que são tóxicos ao fígado podem piorar o quadro.
Fonte: Mídiamax