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Três vereadores são cassados após partido fraudar cota de mulheres em Alcinópolis

Candidata sequer sabia o significado da sigla ''PP'', partido em que se filiou

Por Thiago de Souza em 30/11/2024 às 19:36:53

Redes sociais

A Justiça Eleitoral anulou os votos de trĂȘs vereadores eleitos nas eleições municipais de 2024, em Alcinópolis. O partido deles, o Progressistas, é acusado de fraudar cota de gĂȘnero ao registrar uma candidatura fictícia.

A denúncia da irregularidade foi feita pelo candidato do Republicanos, na cidade, Luiz Cesar Ferreira de Melo contra todos os candidatos do Progressistas, eleitos ou não.

Ainda segundo a denúncia, a candidata Ana Maria Campos de Oliveira foi chamada ou se filiou ao partido apenas dois dias antes do prazo estipulado pela lei. Ela não fez movimentações pela rede social – que estava com perfil fechado – nem participou de muitos atos de campanha do partido.

Também foi dito que ela teve apenas dois votos – que seria um dela mesma e outro do cônjuje ou um cabo eleitoral contratado. Isso chamou a atenção da Justiça. O magistrado Francisco Soliman observou que os atos de campanha que Ana Maria participou foram apenas em apoio ao candidato a vice-prefeito eleito, ''Waldemar Pezão'', que era do mesmo partido dela.

''... e não propriamente para convencer os eleitores a lhe confiarem o voto'', anotou o juiz Francisco. Sendo assim, o registro de candidatura de todos os postulantes do PP foi cancelado e os votos de todos anulados. Sendo assim, os trĂȘs parlamentares eleitos Alcir Dias, Valdeci Passarinho e Fernando Nicoletti perdem a vaga, mesmo não tendo relação alguma com a fraude.

O juiz anotou que, no perfil da rede social, permaneceu o status de ""pré-candidata"" a todo momento e ela sequer atualizou a condição de candidata efetiva.

''Ora, em um contexto de mundo no qual a comunicação, as informações e o contato com as pessoas se dĂĄ, basicamente, por meios tecnológicos, em especial, pelas mídias sociais, não se mostra nem um pouco normal que a candidata deixe de se valer deste meio para, amplificadamente, tornar-se conhecida dos eleitores, divulgar propostas/projetos e pedir voto'', registrou o juiz mais uma vez.

Foi anotado também que Ana Maria é pessoa simples, de baixa instrução, atua como gari na limpeza pública e sem vínculos estreitos com Alcinópolis, mesmo que ela esteja na cidade hĂĄ 15 anos. Ela disse ao juiz não ter tido nenhuma atividade social ou política na vida e sequer sabia o significado da sigla ""PP"", pela qual disputou as eleições.

O espaço estĂĄ aberto aos envolvidos e citados na matéria.

Fonte: Topmidianews

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